"Segundo Guilherme Augusto Simões, no seu Dicionário de Expressões Populares Portuguesas (Publicações Dom Quixote, Lisboa), a expressão remonta a Alexandre Magno: «Nó górdio – O fulcro da questão; o motivo principal, mais difícil; a dificuldade que não se consegue vencer (nó que, não podendo desatar-se, se dizia que, se alguém um dia o conseguisse, seria senhor do mundo. Alexandre Magno, não podendo desatá-lo, cortou-o com uma espada. Tal atitude passou a simbolizar a capacidade de resolução perante uma dificuldade suposta invencível. Górdio deriva de "gordium", onde se encontrava o nó)»."
J.M.C.
Psicologicamente falando, existem questões no que tange ao pensamento humano que são enigmáticas, um "nó de Górdio", ao passo que ao não conseguir rompê-lo, pode-se:
*tentar cortá-lo à força da espada como Alexandre ou nos rendermos emudecidos à incapacidade de cumprir tal tarefa, ou ainda angustiarmo-nos e tornar do ato de tentar desatá-lo o motivo de viver, e pode vivenciar um novo nó a cada tentativa:neste momento o homem tão dono de si apercebe-se "limitado".
Limitado no sentido de reconhecer que não consegue ultrapassar algo, que não compreende a totalidade nem de si mesmo, como poderá fazê-lo do Universo. Talvez neste momento pudesse refletir o "até aqui" do Pai: quando limita a água do mar e areia, o planeta do espaço, colocando um força que chamamos de atmosfera, mas antes de nomear quaisquer destas questões, observem o Senhor falando:
JÓ 38
1
DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2
Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3
Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4
Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5
Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6
Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7
Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8
Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9
Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10
Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11
E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12
Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13
Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14
E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
1
DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2
Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3
Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4
Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5
Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6
Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7
Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8
Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9
Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10
Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11
E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12
Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13
Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14
E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
Conseguiram desatar algum desses "nós Górdios"
Pois é só o Senhor,
A paz,
Patrícia Aldir
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