A um poeta (Olavo Bilac)
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício.
Porque a beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimigo do artifício,
E a força e a graça na simplicidade.
Isaías 41:7 E o artífice animou ao ourives, e o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.
Observe em ambos os textos o que há de similar, sem aqui estar desrespeitando à Palavra. Somos como poemas que Deus moldou como seresespirituais à Sua imagem e semelhança, preparou-nos para sermos perfeitos, nossa condição humana por vários movitos desviou-se desse objetivo.
Penso que com esforço,desejando sermos melhores e fazermos algo em prol disso teremos melhores chances de vivermos a Graça na simplicidade, porque quem vê o ser humano percebe a perfeição de uma Inteligência Superior para delegar funções às células, tecidos, órgãos, sistemas em unidade, para que o organismo seja perfeito organicamente.
A perfeição espiritual em contra-partida, depende muito de nós, de nossas decisões e atitudes e da intimidade que criamos com Deus, em oração,em fé, em entrega, na maneira de olharmos o mundo, as pessoas, pensamentos, no conhecimento da Palavra, que alguns dizem de forma muito contundente: "é o manual para uma vida correta aos olhos de Deus".
Que possamos ser burilados e pedras brutas possamos nos tornar algo mais precioso, espiritualmente.Oro a Deus por isso!
A paz do Senhor,
Patrícia Aldir
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