quarta-feira, junho 28

Esperança?

Uma pérola e um motivo de ser (Patrícia Aldir)
Era uma vez....
Estava a pérola próxima à beira do mar, para onde fora lançada não se sabia o porquê ,passou a observar o mesmo mar por outro ângulo, não mais de dentro de uma ostra, não mais do fundo do mar, não mais protegida do sol.
Naquele momento a peróla estava observando tudo de forma diferente. O sol fora-lhe o primeiro desafios, depois o vento, a areia que a cobria e descobria, obstáculos difíceis para uma pérola indefesa, ela não se sabia, não entendia o porquê de sua existência, como houvera sido gerada, só sentia saudades da proteção da ostra, como o bebê sente ao nascer e ter que deixar o ventre tão acolhedor de sua mãe.
Belo dia, o sol não estava tão quente ainda, havia algumas nuvens, o vento arrastou a peróla para perto de uma rocha, onde embasbacada encontrou-se com muitas milhares de pérolas e todas a olhavam como uma estranha invasora, mas dentre aquelas surgiu uma que se tornou amiga da nossa amiguinha solitária e dias de diálogo foram suficientes para que a pérola que foi batizada por sua amiga de "Esperança" descobrisse que todos os dias enfrentaria desafios, mas que só o fato de estar ali , já era maravilhoso , uma dádiva de Deus porque foi fruto de um ser que sofreu muito por sua vida e ela era fruto de uma ferida cicatrizada.
Na manhã seguinte resolveu que iria fazer amizade com as outras pérolas e mostrar-lhes com amor o que aprendera, muitas ouviram , outras nem lhe deram assunto, mas a sede de falar de como era maravilhoso ser uma "pérola" era tão grande que convidou sua amiga para irem em busca de outras tantas perdidas naquela imensidão de grãos de areia, protegendo-as do medo, ensinando-as o motivo de estarem, de serem pérolas! E assim encontrou um motivo para viver.
Patricia Aldir 28/06/2006
*Se desejar usar o texto, pode fazê-lo, mas mantenha a autoria e sempre esta observação ao final dele, grata!

Como viver em uma realidade onde nossa vida é estéril, quando se trata de pensarmos nos outros?
Como é constrangedor perceber pessoas usufruindo de conquistas sozinhas, ou seja guardando para si mesmas: não só os bens materiais que possuem, como também, o conhecimento, a riqueza espiritual. Não estou fazendo apologia do "dispa-se e dê tudo que tens", mas do "como eu poderia ser útil?", por menor que seja a atitude para a vida do outro. Ninguém é tão pobre que não possa doar-se de alguma forma pelo seu semelhante.
A paz do Senhor,
Patrícia Aldir

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